O escritor Ariano Suassuna morreu no fim da tarde desta quarta-feira (23) em Recife. Em estava em coma após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e passar por uma cirurgia de emergência. De acordo com o Diário de Pernambuco, o protocolo para confirmar a morte cerebral de Ariano foi aberto durante a manhã e a morte foi confirmada pela equipe médica às 17h40.
Vida
Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927 na cidade de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, e se tornou imortal da Academia Brasileira de Letras em 1990. O escritor chegou a exercer a profissão de advogado durante alguns anos, antes de render à paixão por escrever e retratar o Sertão e o Nordeste brasileiro.
A influência parterna teve papel fundamental na formação de Ariano Suassuna. O próprio escritor afirmava que fora através da biblioteca de João Suassuna que tomou o gosto pela leitura, com acesso às obras de Júlio Ribeiro, Eça de Queiroz, Aluízio Azevedo, Machado de Assis e, além deles, Leonardo Mota, a quem se referia como "o Câmara Cascudo do Ceará". Um dos maiores sucessos de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida, foi escrito com base em três folhetos de cordel de Mota. Sua primeira peça, no entanto, foi “Uma Mulher Vestida de Sol”, escrita em 1947, quando cursava Direito em Pernambuco.
Suassuna se formou em 1950 e chegou a exercer a profissão de advogado durante seis anos, tempo onde também escreveu peças como Torturas de um Coração (1951), o Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país.
Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a “Farsa da Boa Preguiça” e “A Caseira e a Catarina”. Porém, no início dos anos 60, interrompeu a carreira de dramaturgo para se dedicar às aulas de Estética na Universidade Federal de Pernambuco, onde era professor desde 1956. Aos poucos, voltou a conciliar os trabalhos e permaneceu na UFPE até até 1994, quando se aposentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário