Um dia após a publicação do relatório da Agência Internacional Antidoping (Wada), na qual a entidade acusou autoridades
russas de compactuar com a manipulação de testes de doping, o Comitê Olímpico
Internacional (COI) divulgou um comunicado em que lamenta o escândalo e
manifesta apoio ao trabalho da nova diretoria da Associação Internacional das
Federações de Atletismo (IAAF).
"É um relatório profundamente chocante e muito triste para
o mundo do esporte. O COI confia que a nova liderança da IAAF, com o presidente
Sebastian Coe, chegará a todas as conclusões e tomará as medidas
necessárias", diz a nota. Em relação ao pedido da Wada para banir a Rússia
dos Jogos do Rio-2016, o COI prometeu investigar a fundo as acusações, e caso
confirmadas, tomar medidas rigorosas: "Iremos estudar cuidadosamente o
relatório a respeito dos Jogos Olímpicos. Se quaisquer infrações nas regras de
antidoping por atletas e/ou suas comitivas forem estabelecidas, a entidade irá
reagir com sua usual política de tolerância zero".
A entidade olímpica também avisou que pretende realizar testes
independentes das organizações esportivas e designou à Wada a missão de
apresentar novas propostas para aumentar o controle e o rigor. Por fim, sugeriu
a suspensão provisória do título do ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, como
membro honorário do COI. O ex-dirigente senegalês é acusado de receber propina de medalhistas para abafar os casos de dopagem.
Rússia - O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou nesta
terça-feira que a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) não
apresentou provas de que o país colabora com a prática "sistemática"
de doping no atletismo e disse que as acusações "parecem não ter
fundamento". A Wada afirma ter constatado suborno de dirigentes, compra de
resultados e até um laboratório secreto, no qual teriam sido destruídos mais de
1,4 mil amostras de sangue de atletas, para que não caíssem no antidoping.
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