Os 24 clubes de futebol brasileiros da Série A e B não bateram um bolão em 2014 – pelo
menos no que diz respeito aos negócios.
É o que mostra o estudo
do banco Itaú BBA, com base nos balanços oficiais divulgados pelos times –
Portuguesa ficou de fora da lista, enquanto Joinville e Avaí marcaram estreia.
No geral, o que
aconteceu foi que 2013 já havia sido um ano difícil para os clubes que, por sua
vez, não ajustaram o negócio para 2014.
“As receitas ficaram
estáveis, mas os custos não cederam e eles eram necessários para que as contas
fechassem com mais equilíbrio”, comenta César Grafietti, gerente de crédito do
Itaú BBA e coordenador do estudo.
Em decorrência, cortes
de investimentos na base, tomada de crédito e atraso em pagamento de impostos
foi o que se viu no setor – e a expectativa para 2015 é que o cenário difícil
continue.
“Vale lembrar que gerir
futebol não é como cuidar de uma empresa porque o objetivo não é o lucro, mas
sim aplicar uma gestão profissional para ter em ambiente que proporcione ganhar
mais títulos”, explica o gerente.
O setor é ainda muito
dependente de receita com venda de direitos para TV no Brasil, aponta
Grafietti, mas alternativas para diminuir isso estão sendo colocadas em prática
por alguns times, como o Cruzeiro, que tem programas de sócio torcedor.
Pro caso dos clubes que
investiram em novos estádios, a lógica é a mesma – aumentar a bilheteria e
diminuir essa dependência.
Nesse sentido, o que
escolheu o melhor caminho, na opinião do Itaú BBA, foi o Palmeiras que não
abriu mão de bilheteria para pagar a construção da nova casa, ao contrário do
Corinthians e Atlético Paranaense.
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