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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Como os clubes de futebol do Brasil se saíram fora de campo


Os 24 clubes de futebol brasileiros da Série A e B não bateram um bolão em 2014 – pelo menos no que diz respeito aos negócios.
É o que mostra o estudo do banco Itaú BBA, com base nos balanços oficiais divulgados pelos times – Portuguesa ficou de fora da lista, enquanto Joinville e Avaí marcaram estreia.
No geral, o que aconteceu foi que 2013 já havia sido um ano difícil para os clubes que, por sua vez, não ajustaram o negócio para 2014.
“As receitas ficaram estáveis, mas os custos não cederam e eles eram necessários para que as contas fechassem com mais equilíbrio”, comenta César Grafietti, gerente de crédito do Itaú BBA e coordenador do estudo.
Em decorrência, cortes de investimentos na base, tomada de crédito e atraso em pagamento de impostos foi o que se viu no setor – e a expectativa para 2015 é que o cenário difícil continue.
“Vale lembrar que gerir futebol não é como cuidar de uma empresa porque o objetivo não é o lucro, mas sim aplicar uma gestão profissional para ter em ambiente que proporcione ganhar mais títulos”, explica o gerente.
O setor é ainda muito dependente de receita com venda de direitos para TV no Brasil, aponta Grafietti, mas alternativas para diminuir isso estão sendo colocadas em prática por alguns times, como o Cruzeiro, que tem programas de sócio torcedor.
Pro caso dos clubes que investiram em novos estádios, a lógica é a mesma – aumentar a bilheteria e diminuir essa dependência.
Nesse sentido, o que escolheu o melhor caminho, na opinião do Itaú BBA, foi o Palmeiras que não abriu mão de bilheteria para pagar a construção da nova casa, ao contrário do Corinthians e Atlético Paranaense.



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