O programa Atleta na Escola, encerrado este ano por falta de verba,
frustrando quatro milhões de estudantes de 44 mil escolas, foi criado em
2013o com apoio do então ministro da Casa Civil da Presidência da
República, Aloizio Mercadante. Agora, de volta ao Ministério da Educação,
é nas mãos de Mercadante que está a decisão para reativar o programa, no
ano Olímpico de 2016. Esta é a expectativa do gerente administrativo da CBAt
(Confederação Brasileira de Atletismo), Georgios Stylianos Hatzidakis, também
responsável pelo acompanhamento do Atleta na Escola. Confira a entrevista:
Qual a sua avalição sobre o Atleta
na Escola, com base nos dois anos de execução?
Georgios – O Programa Atleta na
Escola é acompanhado com muito carinho pela CBAt. Ele
permite ampliar a prática do atletismo e a detecção
de talentos. Nestes dois primeiros anos, foi passado à CBAt
um banco de dados dos estudantes com os melhores resultados em cada
prova, por faixa etária e município. Analisamos a evolução dos
resultados para futuro encaminhamento dos potenciais talentos para
treinamento e adesão ao sistema do atletismo brasileiro.
E o que ocorreria com os alunos que obtiveram
os melhores resultados?
Georgios – Os melhores
resultados seriam encaminhados para os clubes de atletismo, onde os
treinadores concretizariam o aproveitamento desses atletaas. Com
a interrupção do Programa, as informações sofrem descontinuidade e os
dados ficam prejudicados.
O trabalho em geral também fica prejudicado?
Georgios – Com muita
tristeza, recebemos a informação sobre a interrupção
do Programa. Isso prejudica o todo o trabalho que estava sendo efetuado. O
programa estimulava a prática de atletismo na escola, que é um dos objetivos da
CBAt, que entende a importância de ter uma boa base de praticantes para poder
selecionar os talentos e futuros atletas da modalidade.
E para 2016, será possível reativar o
programa?
Georgios – Estamos nos articulando para solicitar a manutenção pelo menos
do atletismo. Estamos enviando correspondência para os Ministérios da Educação
e do Esporte, para os deputados e senadores das comissões de Educação e
Esporte do Congresso Nacional. O Programa deve ter continuidade, pois
o investimento é relativamente baixo (R$ 80
milhões previstos para 2015). Recursos do “Mais Educação” poderiam ser utilizados para isso. Temos
a certeza que apesar das dificuldades financeiras que o País passa,
conseguiremos sensibilizar as autoridades, para que no mínimo o programa volte
no início de 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e continue depois.
Qual a esperança maior?
Georgios – Esse programa foi
criado pelo empenho do Presidente da CBAt, Toninho Fernandes, e por
ordem da Presidenta Dilma, através da Chefia da Casa Civil. O
ministro da Educação Aloizio Mercadante, que lançou o
Programa, está de novo como titular da Pasta. Portanto temos
muita esperança da volta imediata, pelo menos da modalidade de
atletismo, que realmente funcionou. E que faz parte do programa de
desenvolvimento do atletismo nacional.
Nota do Blog: A assessoria de
imprensa do Ministério da Educação continua sem responder aos questionamentos sobre o
assunto.
Fonte: (UOL Esportes) - http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2015/11/reativacao-do-atleta-na-escola-esta-nas-maos-do-ministro-mercadante/
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